Makerspaces e hackerspaces têm tido atuação importante no enfrentamento cidadão da pandemia, especialmente na produção dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para distribuição a profissionais de saúde. Esses espaços são também adeptos e propagadores das tecnologias abertas que têm papel estratégico para a inovação, ainda mais em momentos de crise como agora. Para conversar sobre esses temas, a plataforma Segura a Onda, com apoio do Instituto Procomum, promoveu na última sexta-feira, 26 de junho, a live Makers e hackers no combate à pandemia, com os convidados Nano Gennari, do Calango Hacker Clube de Brasília, Guima San, do GypsyLab, e Edgar Andrade, do FabLab Recife e do Canal Maker, com mediação de Bia Martins e Luis Eduardo Tavares, ambos do Segura a Onda.

Por Bia Martins

Para quem gosta de ler, nada melhor do que explorar uma biblioteca em busca de leituras interessantes. Mas, em tempos de confinamento, isso fica bem mais complicado.

Ao mesmo tempo, a quarentena também tem se mostrado um período muito profícuo em trocas e partilhas de recursos, tanto online como offline, a fim de enfrentarmos juntos as dificuldades geradas pela pandemia.

A plataforma Segura Onda, lançada em 27 de março, é um guia de iniciativas cidadãs para o enfrentamento à COVID-19, inovação social e resiliência cívica em tempos de pandemia, feita de forma coletiva e colaborativa por voluntários e aberta à participação de todos.

Como já escrevemos, muitas iniciativas cidadãs têm surgido para ajudar a lidar com os efeitos da pandemia. Neste post, destacamos o Mapeamento de Redes Colaborativas para o enfrentamento à COVID-19 nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. 

Criado em 2013, em Madri, o Guerrilla Translation (GT) é muito mais do que uma cooperativa de tradutores. Na verdade, seu modelo de produção e gestão é tão inovador que é difícil defini-lo em poucas palavras, mas para começar podemos dizer que é um coletivo ativista de tradução e comunicação no modelo P2P orientado ao comum.

O curta-metragem documentário de Renato Prata Biar traz um retrato dramático da rotina dos entregadores de aplicativo de comida, através do relato de três trabalhadores que falam da dificuldade de conseguir levar algum dinheiro para casa, da falta de direitos e, até mesmo, de perspectiva de futuro. Vale assistir e divulgar.

Recentemente participei do projeto Digitais Femininas, falando sobre cultura hacker, tecnologias livres e mais algumas coisas. A gravação ficou bem enxuta e o conteúdo, bem didático. Bom pra assistir e espalhar.

No início deste mês de novembro, foi realizado em The New School, em New York, a conferência Who Owns the World? The State of Plataform Cooperativism (algo como: Quem é o dono do mundo? O estado atual do Cooperativismo de Plataforma). À frente do evento, o professor e pesquisador Trebor Scholz, diretor do Institute for the Cooperative Digital Economy, nesta universidade, e autor do livro "Cooperativismo de Plataforma: Contestando a Economia do Compartilhamento Corporativa". O bom é que parte das palestras e debates está disponível on-line (em inglês) para quem quiser se atualizar sobre o estado da arte dessa importante iniciativa que pode representar uma alternativa democrática concreta para o enfrentamento do novo tipo de exploração e precariedade do trabalho do capitalismo de plataforma que vem avançando a passos largos na chamada uberização do trabalho.

Em nossa sociedade hiperconsumista e com os recursos naturais chegando ao limite, é muito bom saber de iniciativas que buscam um caminho alternativo baseado na solidariedade e sustentabilidade. Este é o caso do aplicativo Tem Açúcar?, que facilita o compartilhamento de coisas entre vizinhos. Mais do que apenas estimular o hábito de emprestar ou pedir emprestado coisas em vez de comprá-las para um uso esporádico, o que por si só é já um grande ganho do ponto de vista financeiro e de sustentabilidade, o aplicativo ajuda também a gerar um senso de comunidade na medida em que coloca os vizinhos em contato favorecendo uma relação de confiança mútua.

Tem me incomodado bastante uma série de definições equivocadas de hacker que estão circulando, ainda mais agora com o #vazajato e com a suposta invasão dos celulares do ex-juiz Sérgio Moro e outros procuradores da Operação Lava Jato por hackers. Por isso, decidi compilar nesta publicação um pouco do que tenho desenvolvido para minha tese de doutorado, em que estudo as relações entre "Cultura Hacker" e o campo da Educação. Pra começar, é preciso dizer que, apesar da direta associação entre Hacker e Criminoso Digital feita possivelmente por você que me lê, meus estudos me mostraram que não é tão simples assim. Por Elisiana Frizzoni Candian no Em Rede.

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