Cooperativismo de Plataforma

O quanto seu consumo estimula o trabalho precário?

Taí uma pergunta incômoda. De modo geral, condenamos a crescente precariedade do trabalho, mas é mais difícil pararmos para avaliar o quanto nossos hábitos de consumo podem estar contribuindo para o fortalecimento do modelo das corporações de plataforma que praticamente não garante nenhum direito trabalhista e deixa todos os custos da operação e a cobertura de riscos por conta do trabalhador.

Conferência do Consórcio de Cooperativismo de Plataforma

A conferência do Platform Cooperativism Consortium será realizada este ano no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, de 4 a 6 de novembro.

Manifesto Cooperativismo de Plataforma

A partir de um seminário sobre cooperativismo de plataforma e políticas públicas organizado pelo Digilabour e realizado em junho em Porto Alegre, movimentos sociais, cooperativas e pesquisadores construíram coletivamente uma carta com um plano de ação para o cooperativismo de plataforma no Brasil. Isso prevê a construção de um ecossistema articulado de trabalho, tecnologias e desenvolvimento local.

Cooperativas de Plataforma

O grupo Plataform Cooperativism Consortium (PCC) da universidade The New School, em Nova Iorque, e a Mondragon co-op. & MTA da Universidade Mondragon, em Gizpuzkoa (Espanha), estão promovendo o curso online Platform Cooperatives Now!, para introduzir, incubar e acelerar cooperativas de plataforma. 

Señoritas Courier

A Señoritas Courier, uma das cooperativas de entregadores criadas como alternativa ao modelo de trabalho precarizado de plataformas como Uber Eats e iFood (já falamos dela aqui), acaba de ganhar um curta-metragem produzido pelo Laboratório de Pesquisa DigiLabour.

DisCO Project - cooperativas voltadas ao comum

DisCO Project é uma iniciativa dentro do conceito de Cooperativismo de Plataforma, mas que vai além ao agregar também os princípios do comum, das práticas P2P e da economia feminista. Com inspiração no pensamento de autores como David Graeber (Bullshit Jobs) e Donna Haraway (Staying with the Trouble),  e a partir da experiência de alguns projetos já ativos, foi construída uma plataforma de recursos, conceituais e práticos, para incentivar a propagação desse movimento.

Cooperativas de entregadores

No mês passado, acompanhamos o Breque dos Apps, com dois dias de paralisação nacional dos entregadores de aplicativo (1º e 25 de julho) que, se não chegaram a parar o serviço no país, ficaram longe de ser fiasco, pois além de causarem atrasos nas entregas, deram  visibilidade para a extrema exploração a que estão submetidos esses trabalhadores, ajudando a desmistificar de vez a imagem da tal Economia do Compartilhamento como uma alternativa de trabalho autônomo. A boa notícia, além claro do surgimento do movimento dos Entregadores Antifascistas, é que também ganharam visibilidade diversas iniciativas de entregadores que estão se autoorganizando para oferecer o serviço diretamente para os consumidores, sem intermediários, podendo assim garantir melhores condições de trabalho e remuneração mais digna.

Guerrilla Translation

Criado em 2013, em Madri, o Guerrilla Translation (GT) é muito mais do que uma cooperativa de tradutores. Na verdade, seu modelo de produção e gestão é tão inovador que é difícil defini-lo em poucas palavras, mas para começar podemos dizer que é um coletivo ativista de tradução e comunicação no modelo P2P orientado ao comum.

Quem é o dono do mundo?

No início deste mês de novembro, foi realizado em The New School, em New York, a conferência Who Owns the World? The State of Plataform Cooperativism (algo como: Quem é o dono do mundo? O estado atual do Cooperativismo de Plataforma). À frente do evento, o professor e pesquisador Trebor Scholz, diretor do Institute for the Cooperative Digital Economy, nesta universidade, e autor do livro "Cooperativismo de Plataforma: Contestando a Economia do Compartilhamento Corporativa". O bom é que parte das palestras e debates está disponível on-line (em inglês) para quem quiser se atualizar sobre o estado da arte dessa importante iniciativa que pode representar uma alternativa democrática concreta para o enfrentamento do novo tipo de exploração e precariedade do trabalho do capitalismo de plataforma que vem avançando a passos largos na chamada uberização do trabalho.

Fairbnb – por um turismo voltado à comunidade

Imagine uma plataforma digital de hospedagem que, ao contrário do Airbnb, traga um impacto positivo para as cidades e seus moradores. Mais do que isso, que seus lucros sejam reinvestidos em projetos sociais voltados às regiões que recebem os turistas. Parece um sonho, mas já está se tornando realidade: essa é a proposta da Fairbnb, que se define como uma solução inteligente e justa para um turismo voltado à comunidade.

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